DO ASILO DE MENDICIDADE
AO ABRIGO DOS VELHOS TRABALHADORES –
1914/2014
UM
SÉCULO AO SERVIÇO DA POPULAÇÃO
IDOSA DO CONCELHO
Passo a passo foi-se construindo e
consolidando o percurso de uma Instituição que será uma das maiores do seu
género, em termos de solidariedade social, vocacionada e dirigida aos
trabalhadores idosos ou incapacitados para o trabalho.
Vencendo dificuldades, ultrapassando
obstáculos, transformando sonhos em realidades, lutando com persistência, perseverança
e elevado sentido de cidadania activa, foi com a ajuda desinteressada de
centenas de pessoas solidárias, que ao longo dos anos deram o melhor de si
mesmas a uma causa que é de todos, que chegámos finalmente ao dia em que se
comemorou o centenário da Instituição, cuja história teve o seu início no
distante dia 1 de Janeiro de 1914.
Pois no passado dia 11 de de Janeiro,
um sábado soalheiro, efectuou-se, nas instalações do Abrigo dos Velhos
Trabalhadores de Montemor-o-Novo, a cerimónia de lançamento do livro que
assinala exactamente a efeméride.
Na mesa de honra tiveram lugar a
presidente da Câmara Municipal, Dra. Hortênsia Menino, o presidente da Direcção
do Abrigo, Joaquim Manuel Batalha, o representante das edições Colibri, Dr.
Fernando Mão de Ferro e, evidentemente, a autora do livro – Dra. Maria Teresa
Rios da Fonseca.
Ao abrir a sessão, Joaquim Batalha
fez a apresentação dos colegas de Mesa e explicou os objectivos que estiveram
na origem da ideia de solicitar à Dra. Teresa Fonseca um trabalho que se previa
exigir muita pesquisa, devoção e rigor, mas cujo produto final se sabia ter a
qualidade superior já bem testada e comprovada em muitos trabalhos anteriores.
Dr. Fernando Mão de Ferro felicitou a
Direcção do Abrigo e enalteceu o talento da Dra. Teresa Fonseca, bem expresso
nas muitas obras que a sua editora já teve oportunidade de dar à estampa. Disse
ainda estar orgulhoso pelo facto das Edições Colibri estarem ligadas a este
projecto.
A Dra. Hortênsia Menino exaltou a
iniciativa do Abrigo celebrar desta forma os cem anos da Instituição e da
garantia de qualidade que a autora coloca em todos os seus livros, onde vem
dando a conhecer aspectos menos conhecidos da vida do concelho. Referiu ainda
que o livro é uma homenagm a todos os que, ao longo dos anos, têm vindo a
dedicar, voluntariamente, muito da sua vida a esta obra solidária para que a
velhice seja digna.
Finalmente, usou da palavra a autora
do livro “Para a História da Assistência em Portugal – Do Asilo de Mendicidade
ao Abrigo dos Velhos Trabalhadores de Montemor-o-Novo – 1914 – 2014.”
Começou por agradecer a colaboração
de quantos deram o seu contributo para a realização deste trabalho de pesquisa
que, como se adivinha, foi longo e
trabalhoso.
Depois, foi uma clara e bem elaborada
exposição sobre muitos aspectos do livro que, como é evidente, não seria
possível reproduzir neste espaço.
No entanto, para lhe aguçar a
curiosidade e convidá-lo a adquirir esta obra, que nos dá a conhecer em
pormenor o percurso destes cem anos da assistência aos mais idosos,
permitimo-nos transcrever uma breve explicação da autora que se pode ler na
contracapa deste volume:
“O presente livro aborda a origem
do Asilo Montemorense de Mendicidade, fundado a 1 de Janeiro de 1914 em
Montemor-o-Novo. Traça a sua evolução posterior, até à transformação em
Associação Protectora do Abrigo dos Velhos Trabalhadores, ocorrida em 1955.
Refere as casas que esta importante instituição de apoio à terceira idade
ocupou até à instalação definitiva no edifício atual, ocorrida em 1969.
Descreve as vicissitudes da sua longa existência, no contexto da história
local e nacional, inserindo-a nas políticas assistenciais implementadas ao
longo do seu século de existência.
Aborda ainda os diferentes modelos de gestão de que foi alvo, a sua
interação com a comunidade local e a sua evolução interna, tanto no respeitante
à ampliação e modernização do seu espaço arquitetónico, como quanto às
diferentes valências que foi criando, com as naturais repercussões no aumento
do número de beneficiados e dos recursos humanos necessários ao alargamento da
sua actividade”.
A fechar a sessão e antes de dar a
palavra a Manuel Aldinhas Santos, José Grulha, Joaquim Abreu Bastos e Joaquim
Salgueiro que teceram várias considerações a propósito do momento que ali se
estava a viver, Joaquim Manuel Batalha não quis deixar de agradecer a presença
das pessoas amigas que tinham acedido ao convite e, muito especialmente, a
todas as entidades e particulares que materializaram o apoio à edição deste
livro, em numerário ou na aquisição de um determinado número de exemplares:
Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, União de Freguesias de Nossa Senhora
da Vila. Nossa Senhora do Bispo e Silveiras, Junta de Freguesia de Foros de
Vale Figueira, Junta de Freguesia de S. Cristóvão, Junta de Freguesia de
Cabrela, Junta de Freguesia do Escoural, Junta de Freguesia de Ciborro, União
de Freguesias de Cortiçadas de Lavre e Lavre, Cooperativa “Caminhos do Futuro”,
Agência de Montemor-o-Novo da Caixa Geral de Depósitos, Agências de
Montemor-o-Novo e Alcácer do Sal da Caixa de Crédito Agrícola, Delta Cafés, Dra. Maria Margarida Nunes
Mexia de Mendia e J.A.
Seguiu-se um “Abrigo de Honra” a
todos os presentes.
Este excelente livro, que procura
reconstituir, até onde isso é possível, os cem anos de uma instituição de
reconhecido valor assistencial, ainda pode ser adquirido no Abrigo e o seu
custo é apenas de 10 euros cada exemplar.